quinta-feira, 22 de março de 2007

PERCEPÇÃO, ANÁLISE CULTURAL E IMPARCIALIDADE FUNDEM MINHA CUCA GIL!

Definitivamente a faculdade e os professores atrapalham os meus estudos. Estou no terceiro ano de Jornalismo e já tinha escutado falar sobre o assunto, mas só agora tenho certeza de que não existe jornalismo imparcial, assim como não existem professores imparciais.

Essa cultura do “não imparcial”, já é implantada em nossas cabeças confusas dentro das salas de faculdade. Percebo isso quando vejo um professor defendendo uma teoria própria e tentando se redimir em seguida, por culpa ou medo de ser mal interpretado pelos acadêmicos.

Tenho visto professores se desdobrarem em teorias a seu favor, para justificar a sua opinião tendenciosa. Para explicar isso dou como exemplo um professor de Produção de Eventos, grande mestre e experiente no assunto - particularmente um dos meus preferidos na faculdade em que eu estudo, mas que pra justificar a sua simpatia pelo pagodeiro do “Psirico”, banda baiana de grande sucesso local, diz que o mesmo possui uma grande qualidade vocal. A outra professora de Jornalismo em Pequenos Meios, nos diz que Ivete Sangalo é inteligente, pois tem uma técnica aprimorada de se relacionar com a imprensa, e que
Antônio Abujamra, possui uma técnica de entrevista que já está gasta e cansada, que suas entrevistas possuem uma mesma fórmula, para todos os entrevistados.

Na mesma aula do professor de Eventos, discutia-se sobre cultura, valorização de obras e crítica. Foi quando surgiu à afirmativa do mesmo, que não era interessante emitirmos juízo de valor por coisas consideradas “não cultura”.

Em um belo discurso, afirmou que o que é ruim pra mim, pode ser valioso para outros, tentando implantar em nossas cabeças que não é inteligente e nem interessante criticar uma banda de pagode sem primeiro entender o seu alcance e seu valor antropológico. Mas então qual é o futuro da crítica literária, cinematográfica e teatral? Todos calados com medo de julgar e ser mal interpretados, sendo taxados de preconceituosos e quadrados por “praguejar” a “dança da bundinha” e endeusar Truman Capote, John Fante, Charles B. e etc...

Se for isso mesmo, sou o mais novo preconceituoso assumido da face da terra, ou se eles preferirem, já não sei quem tem mais valor, Pablo Picasso ou “Zeus”, pixador de muros em Salvador.

E como já diria José Simão, a piada pronta seria: “É uma questão de semiótica”.

Imágem retirada de: www.lacoctelera.com/.../worlds.jpg


* Leonardo Parente

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Leonardo,

Salvador está sendo varida pela onda do PC- politicamente-correto. Não se pode mais falar de nada, questionar nada pq é preconceito. E para não sermos preconceituosos, temos que ser passivos, aceitando e engolindo sem coca-cola todas as baboseiras que se produz por essas bandas....

Leonardo Parente e Milena Brasil disse...

É Marcia, show pra turista ver! Volte sempre! (Leonardo Parente)