O caso Eloá, me trouxe de volta os erros já cometidos pela imprensa em outros casos. Além da polícia despreparada de São Paulo, do Brasil inteiro, culpo a mídia sim pela estandardização do problema. O que Lindeberg fez não tem perdão, mas este caso tomou proporções muito maiores pela cobertura desenfreada da imprensa brasileira.
Casos como este já veio à tona em outras épocas. Na década de 90, um dos exemplos clássicos aconteceu com o ex-presidente Fernando Collor, onde a imprensa se aproveitou da corrupção para ridicularizar o político da forma mais brutal possível. Até dizer que o cara aplicava cocaína com supositório no ânus foi falado. O que Fernando Collor, expulso do poder fez com o povo brasileiro, também não merece perdão, mas querer vender notícia a partir de fatos que fogem ao assunto em questão é minimamente vergonhoso.
Quando a imprensa descobriu que um jovem ciumento, o Lindemberg pegou uma arma e segurou a ex-namorada em seu apartamento em Santo André, foram chuvas de informações sem sentido. Volto a afirmar que o resultado deste seqüestro seria outro, caso Lindemberg não se sentisse tão acuado, tão pressionado e se sentindo a nova celebridade brasileira. Eu não tenho bola de cristal para prever nada, mas o que poderia ser apenas uma ameaça, uma ceninha de um cara desequilibrado por conta da dor de cotovelo, se tornou numa tragédia.
O cúmulo desta série de erros jornalísticos foi Sônia Abrão colocar o garoto para falar ao vivo do cativeiro pelo seu celular no programa dela.
Com tudo isso, a polícia já estava se sentindo ridicularizada, pois o caso já tinha virado uma novela e estavam na obrigação de “dar um jeito” neste seqüestro. O resultado foi uma invasão despreparada, sem o mínimo planejamento, que resultou em tiros para todos os lados.
Que o Brasil é fraco em tecnologia, todo mundo já sabe, mas um vizinho de Eloá disse que os policiais do Gate colocaram um copo na parede para escutar as conversas do outro lado. Esta cena remeteu as brincadeiras da minha infância, chega a ser engraçado.
O seqüestro acabou com a morte de Eloá e sua amiga (refém libertada que voltou a ser refém) ferida e Lindemberg arrebentado pelos policias e agora preso. Só que este caso gerou outro, descobriu-se que o pai da garota é assassino e foragido da polícia, sopa no mel para os urubus que vivem daquele produto à venda nas bancas de jornais.
Veiculam-se todos os dias, “notícias” da vida pessoal da família. Já não basta o sofrimento da mãe que perdeu a filha adolescente, agora acusam a mesma mãe de ter tido um caso com o enteado, do filho ser de outro pai, da educação errada que a família deu a garota e assim por diante. O caso já está esfriando, logo ninguém mais lembrará, além desta família, já desestruturada. É uma pena. Não quero me sentir parte disso.
Casos como este já veio à tona em outras épocas. Na década de 90, um dos exemplos clássicos aconteceu com o ex-presidente Fernando Collor, onde a imprensa se aproveitou da corrupção para ridicularizar o político da forma mais brutal possível. Até dizer que o cara aplicava cocaína com supositório no ânus foi falado. O que Fernando Collor, expulso do poder fez com o povo brasileiro, também não merece perdão, mas querer vender notícia a partir de fatos que fogem ao assunto em questão é minimamente vergonhoso.
Quando a imprensa descobriu que um jovem ciumento, o Lindemberg pegou uma arma e segurou a ex-namorada em seu apartamento em Santo André, foram chuvas de informações sem sentido. Volto a afirmar que o resultado deste seqüestro seria outro, caso Lindemberg não se sentisse tão acuado, tão pressionado e se sentindo a nova celebridade brasileira. Eu não tenho bola de cristal para prever nada, mas o que poderia ser apenas uma ameaça, uma ceninha de um cara desequilibrado por conta da dor de cotovelo, se tornou numa tragédia.
O cúmulo desta série de erros jornalísticos foi Sônia Abrão colocar o garoto para falar ao vivo do cativeiro pelo seu celular no programa dela.
Com tudo isso, a polícia já estava se sentindo ridicularizada, pois o caso já tinha virado uma novela e estavam na obrigação de “dar um jeito” neste seqüestro. O resultado foi uma invasão despreparada, sem o mínimo planejamento, que resultou em tiros para todos os lados.
Que o Brasil é fraco em tecnologia, todo mundo já sabe, mas um vizinho de Eloá disse que os policiais do Gate colocaram um copo na parede para escutar as conversas do outro lado. Esta cena remeteu as brincadeiras da minha infância, chega a ser engraçado.
O seqüestro acabou com a morte de Eloá e sua amiga (refém libertada que voltou a ser refém) ferida e Lindemberg arrebentado pelos policias e agora preso. Só que este caso gerou outro, descobriu-se que o pai da garota é assassino e foragido da polícia, sopa no mel para os urubus que vivem daquele produto à venda nas bancas de jornais.
Veiculam-se todos os dias, “notícias” da vida pessoal da família. Já não basta o sofrimento da mãe que perdeu a filha adolescente, agora acusam a mesma mãe de ter tido um caso com o enteado, do filho ser de outro pai, da educação errada que a família deu a garota e assim por diante. O caso já está esfriando, logo ninguém mais lembrará, além desta família, já desestruturada. É uma pena. Não quero me sentir parte disso.
* Milena Brasil
2 comentários:
Temos que importar soldados israelenses, mas qual o problema? Trazem e levam jogadores de futebol.. não vejo problema.
Muito bom essa interpretação Milena!!!! Não tinha pensado nesse aspecto midiatico como uma possível causa da morte da garota!!!! O que acho mais engraçado é que temos um país rico e cientistas gabaritados que vão estudar fora por falta de apoio!!! Se os governantes investissem em tecnologia de ponta na área de segurança, assim como, outras áreas especificas nossa realidade seria outra. Temos que ser obervadores atentos, críticos tenazes e bons comunicologos para sermos bons profissionais.É isso ai!!! Parabens!!
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